23.12.06

Balanço da Economia

Boas notícias na área econômica neste final de ano:

O risco país é o menor da história (194), a renda continua crescendo (5,7%), o desemprego caindo no Brasil (9,5%) e em SP (14% o menor nos últimos 10 anos).

O número de trabalhadores com carteira assinada vem crescendo consistentemente (+6% vs nov 2005). A inflação será uma das mais baixas da nossa história.

Os juros (Selic) continuam altos, mas são os mais baixos desde que foram criados (13,25%). O volume de crédito continua aumentando (chegaram a 33% do PIB), com a inadimplência sobre controle e os juros cobrados caindo (apesar de também continuarem altos).

A TJLP, que balisa principalmente os empréstimos do BNDES, caiu para 6,5% (ao ano). O menor patamar da história, beneficiando a infraestrutura e os investimentos das empresas em inovação, expansão e produtividade.

Apesar do real valorizado, as exportações continuam crescendo, assim como o superávit na balança comercial. Nossas reservas internacionais estão em um patamar recorde, acima inclusive da nossa dívida externa.

Com isso estamos muito mais fortes para resistir aos "abalos" na economia internacional como o recentemente ocorrido na Tailândia (país que há 10 anos atrás, por motivos semelhantes, causou uma forte crise no mercado brasileiro).

A dívida pública continua sobre controle e vai cair novamente proporcionalmente ao PIB, podendo ficar abaixo de 50%.

A bolsa de valores teve um novo ano de crescimento, com novas empresas entrando e captando mais de R$ 120 bilhões. Com a queda da taxa selic os investidores cada vez mais vão buscar diversificar investimentos, beneficiando o setor produtivo e de infraestrutura por exemplo.

O que falta ? Falta acelerar o crescimento, apesar do percentual de crescimento do PIB por si só não dizer muita coisa. Um país com uma economia fortemente dependente de poucos produtos para exportação por exemplo, como o petróleo (Venezuela) ou cobre (Chile), pode crescer só com o aumento dos preços dos produtos no mercado internacional, sem gerar empregos ou distribuir renda. Não é o caso do Brasil.

Acelerar como ? Distribuição de renda e redução de impostos. Mantendo a recomposição do salário mínimo e os programas de transferência de renda, cortando impostos em setores que possam impulsionar o crescimento (e também distribuir renda como remédios e cesta básica), incentivando o investimento e investindo com recursos próprios para garantir a sustentabilidade do crescimento.

Por outro lado economizando e cortando os custos. Principalmente financeiros, continuando a criar condições para reduzir a taxa de juros que custam mais de R$ 120 bilhões ao ano para nós contribuintes. E alongando o perfil da dívida.

Estamos no caminho certo. Quase todos os índices estão melhorando, embora muitos estejam ainda em patamares indesejáveis.

Falta, mantendo a devida cautela, pisar no acelerador !

Obs: Quem acompanha as notícias através dos "jornalões" deve estar achando este post excessivamente otimista, ou até alienado. Porém as últimas pesquisas do IBOPE e do Datafolha não deixam dúvida: mesmo no final de mandato o presidnte Lula continua com a melhor avaliação de todos os presidentes da nossa história. É a economia.

Quem está errado ? Será que eu deveria me informar melhor sobre a última gafe do presidente em um discurso ? Não vi aquela foto ridícula dele ?

É, devo estar por fora !